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Subsidiária da Petrobras afirma que encerrou plano no ano passado, permanecendo com 37 embarcações, com média de idade de 7,3 anos. Com fim de contrato de navio-tanque este mês, média está em 7,2, ante 13,5 anos em 2019.
A Transpetro informou que encerrou o seu plano de alienação no ano de 2021, tendo entregado 12 navios. Com a reorganização, a empresa fechou o último ano com 37 embarcações em sua frota, com média de idade de 7,3 anos. Atualmente, a companhia conta com 36 navios em operação, devido ao encerramento, neste mês, do contrato do navio-tanque Storviken, o que reduziu a idade média dos navios para 7,2 anos. A empresa destacou que a média de idade dos navios da frota era de 13,5 anos em 2019.
“A Transpetro encerrou o plano de alienações em 2021 e não há meta para idade média de frota”, salientou a empresa à Portos e Navios. Em nota, a subsidiária da Petrobras ressaltou que foram alienados apenas navios em final de vida operacional/comercial e que não houve alienação de navios do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), unidades financiadas pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM) e construídas em estaleiros nacionais.
Um dos objetivos do plano, segundo a empresa manifestou em outras ocasiões, era tornar a idade média da frota comparável à média de idade de grandes armadores de navios-tanque do mundo. “Não possuímos os valores de idade média de frota de armadores específicos, mas as grandes majors não afretam navios com mais de 20 anos de idade. Dessa forma, entendemos que nossa frota possui atualmente idade compatível com o mercado”, destacou a companhia por meio de sua assessoria de imprensa.
Em artigo sobre o BR do Mar publicado há duas semanas em O Globo, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários e Aéreos, na Pesca e nos Portos (Conttmaf), Carlos Müller, apontou uma redução gradativa de navios de bandeira brasileira, citando a frota da Transpetro. Ele mencionou no texto que a Petrobras vendeu quase 20 navios da Transpetro durante a pandemia. Na ocasião, ele chamou a atenção quanto ao futuro da frota nacional do sistema Petrobras, em caso de venda de novos ativos este ano.
Na última semana, após a manutenção do veto presidencial à obrigatoriedade de dois terços de tripulantes brasileiros em navios habilitados no programa, Müller disse que a perda do efetivo controle dos navios na cabotagem brasileira tornará o Brasil mais dependente de outros países no transporte marítimo. “No comércio exterior, já não temos capacidade de transportar as commodities agrícolas e os minerais que produzimos em navios de bandeira brasileira, o que nos torna dependentes de países que efetivamente controlam frotas mercantes, e vulneráveis a instabilidades no cenário internacional”, afirmou.
Fonte: Revista Portos e Navios