O Estado do Rio de Janeiro continua sendo o maior pólo de construção naval do país, há 16 estaleiros em atividade: Eisa, Superpesa, SRD, CBO, Sermetal e Rio Nave, na cidade do Rio de Janeiro; Enavi-Renave, Mauá, STX, Aliança, São Miguel, UTC, Setal e MacLaren Oil, em Niterói; Cassinu, em São Gonçalo; e BrasFels, em Angra dos Reis. Ao todo, são 13 carreiras e 12 diques secos disponíveis para construção de embarcações em uma área de 1,8 milhão de m² ocupada pelas empresas. Esses números serão ampliados com a reativação do Estaleiro Inhaúma [antigo Ishibrás], localizado no bairro do Caju.
A Transpetro lança ao mar no dia 24 de junho (quinta-feira), no Estaleiro Mauá, o primeiro navio construído no estado do Rio de Janeiro para o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef). O lançamento terá a presença do governador Sérgio Cabral, do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, da presidente em exercício da Petrobras, Graça Foster, e do presidente da Transpetro, Sergio Machado. O evento marca o reencontro do estado, berço da indústria naval no país, com uma de suas vocações econômicas.
Em entrevista coletiva na cobertura do Windsor Guanabara Hotel, Centro do Rio de Janeiro, o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, disse que o navio levará o nome de Celso Furtado, em homenagem ao economista que criou a Sudene e lançou os fundamentos do mais recente ciclo de desenvolvimento industrial do país. É uma embarcação para transporte de derivados claros de petróleo, com capacidade para 48,3 mil toneladas de porte bruto e 183 metros de comprimento.
A solenidade segue o cronograma de lançamentos previsto para este ano, que se iniciou no último dia 7 de maio, no Estaleiro Atlântico Sul (PE), com o Suezmax João Cândido. O Estado do Rio, maior e mais tradicional polo naval do país, já conta com 16 navios encomendados pelo Promef, com R$ 2,25 bilhões em investimentos. O programa vai criar pelo menos 50 mil empregos no Estado, sendo 10 mil diretos e 40 mil indiretos.
O Estaleiro Mauá, que construirá quatro navios de produtos do Promef, está localizado na Ponta D’Areia, em Niterói, região onde nasceu a indústria naval brasileira no século XIX pelas mãos do Barão de Mauá. “Este lançamento tem um significado histórico muito grande, já que foi ali mesmo na Ponta D’Areia onde a tradição brasileira de construir navios começou. Estamos retomando esta tradição”, destaca o presidente da Transpetro, Sergio Machado.
O navio Celso Furtado é o primeiro encomendado a um estaleiro fluminense pelo Sistema Petrobras a ser lançado ao mar,23 anos após a última encomenda. O último havia sido o Livramento, finalizado em 1997 pelo Estaleiro Eisa. A embarcação levou 10 anos para ser concluída, em meio a uma grave crise do setor. A indústria naval brasileira, que havia sido a segunda maior fabricante mundial nos anos 1970, praticamente desapareceu dos radares a partir dos anos 1980.
Com a encomenda de 49 navios do Promef, um dos principais projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), os estaleiros foram modernizados e surgiram novas unidades de produção, como o Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco. Hoje, cinco anos após o lançamento do Promef, o Brasil já possui a quarta maior carteira mundial de encomendas de petroleiros.
Em todo o país, a construção dos 49 novos navios da Transpetro vai gerar cerca de 200 mil empregos, entre diretos e indiretos. Do total previsto, já tiveram a licitação concluída 46 embarcações, com 38 contratadas. Os últimos três navios do programa estão em fase final de licitação.
Dos 49 navios contratados, pelo menos 16 serão construídos no Rio de Janeiro. A indústria naval fluminense tem fortalecido sua posição no cenário nacional impulsionada pelo Promef, com demanda e oferta equilibradas, mão de obra qualificada e competitividade.
Pesquisas do Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparo Naval e Offshore (Sinaval) mostram que o Rio de Janeiro concentra mais de 50% do total da capacidade produtiva do País, com habilidade para processar 288 mil toneladas de aço por ano.
Mais de 40% do total de empregos diretos gerados no setor estão no estado, que conta hoje com quase 25 mil trabalhadores. A indústria brasileira de construção naval emprega diretamente mais de 46 mil pessoas.
Há 16 estaleiros em atividade no Estado do Rio de Janeiro: Eisa, Superpesa, SRD, CBO, Sermetal e Rio Nave, na cidade do Rio de Janeiro; Enavi-Renave, Mauá, STX, Aliança, São Miguel, UTC, Setal e MacLaren Oil, em Niterói; Cassinu, em São Gonçalo; e BrasFels, em Angra dos Reis. Ao todo, são 13 carreiras e 12 diques secos disponíveis para construção de embarcações em uma área de 1,8 milhão de m² ocupada pelas empresas. Esses números serão ampliados com a reativação do Estaleiro Inhaúma [antigo Ishibrás], localizado no bairro do Caju, na cidade do Rio de Janeiro.
Embora circundados por área urbana, os estaleiros fluminenses estão em processo de expansão e de modernização. O estado continua atuando como importante ator do segmento e tem todas as chances de manter seu desempenho de forma sustentável por conta da encomendas do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef).
Na ocasião, também ocorrerá o batimento de quilha do segundo dos quatro navios de produtos que foram encomendados ao estaleiro. Com isso, o Estado do Rio continua sendo o maior pólo de construção naval do país. Já conta com 16 navios encomendados pelo Promef, totalizando investimentos de R$ 2,2 bilhões. O programa visa a criar, pelo menos, 650 mil empregos no estado, sendo 10 mil diretos e 40 mil indiretos. O navio será entregue a Petrobras no dia 15 de dezembro.
O estaleiro Mauá, que irá construir quatro navios de produtos do Promef, totalizando investimento de US$ 284 milhões, está localizado na Ponta d’Areia, em Niterói.
“O Estaleiro Mauá tem um significado histórico muito grande, a Ponta d’Areia faz parte da tradição brasileira de construir navios” frisou o presidente da Transpetro.
Sérgio Machado, disse que a Transpetro recebe até o dia 30 de junho (quarta-feira), propostas para a instalação de um estaleiro na Bacia do Tietê. Este estaleiro vai construir 80 barcaças e 20 empurradores. A licitação consta com 20 empresas brasileiras e 10 estrangeiras. O vencedor da licitação, deverá ser conhecido em agosto.
Vantagens competitivas- “O Brasil tem 40 quilômetros de rede, temos que construir logística. O etanol transportado por rodovias encarece muito o produto. Por hidrovia, -na ida transportamos produtos claros (petróleo), na volta podemos trazer etanol. Um comboio é formado por um empurrador e quatro barcaças, substituindo 180 caminhões, cerca de 40 mil viagem de caminhões/ano, consome cinco vezes menos combustível ,polui três vezes menos e o custo é duas vezes menor”, ressalta o presidente.
“ A Transpetro tem que responder o setor de logística da Petrobras com qualidade e preço”, emenda Machado.
Quanto à instalação do estaleiro Promar no Estado do Ceará, ele disse que deu prazo até o dia 30 para que o Promar apresente um local para a instalação do empreendimento com as respectivas licenças de instalação e de meio ambiente.
“O presidente Lula pediu que fosse feito um estudo para a instalação do estaleiro. Há vários estados interessados do Nordeste (3), Sul (1) e Sudeste (1), quem apresentar infraestrutura, leva o empreendimento” frisou Sérgio Machado.
“Tenho uma Câmera em minha sala que acompanho as construções dos navios das Transpetro em tempo real”, encerrou o presidente da Transpetro, Sérgio Machado.