
Presidente da Petrobras afirmou que última exigência do Ibama foi cumprida no final de março. Logística do equipamento depende da emissão da licença do órgão, que Petrobras espera obter nos próximos dias
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou, nesta terça-feira (13), que está tudo programado para mover a sonda de perfuração localizada no Rio de Janeiro (RJ) para a locação na Margem Equatorial. A logística, no entanto, depende do licenciamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ela ressaltou que a última exigência do órgão ambiental foi atendida no final de março: o novo centro de despetrolização da fauna no Oiapoque (AP), que foi entregue e recebeu licença do governo do Amapá no início de abril. Durante coletiva sobre os resultados do 1º trimestre, Magda disse que a Petrobras já realizou o exercício pré-operacional dessa base e que entregou para a sociedade o ‘maior PEI (Plano de Emergência Individual) para a exploração de petróleo já visto no mundo em águas profundas e ultraprofundas’.
A diretora executiva de exploração e produção (E&P) da Petrobras, Sylvia Anjos, considera fundamental a obtenção da licença ambiental devido ao período conciliando a locomoção da sonda e o aval do órgão para o início da perfuração, evitando um novo processo de licenciamento para contratação de outra sonda. A diretora executiva de engenharia, tecnologia e inovação, Renata Baruzzi, explicou que o contrato da sonda vence em outubro deste ano e os termos preveem que, se ela estiver em operação, mesmo com contrato vencido, a operação continuará sendo feita e em segurança.
Segundo Renata, a sonda atualmente está na Baía de Guanabara e a limpeza do casco para a retirada do coral-sol está sendo finalizada. “Devemos acabar [limpeza do casco] nos próximos dias e, assim que recebermos liberação para fazer teste no Oiapoque, a gente vai. [O contrato] vence em outubro e, se começar a operação antes de vencer o contrato, podemos continuar a operação até finalizar”, afirmou na coletiva.
Magda ponderou que a Petrobras respeita e acredita na institucionalidade do país nesse processo da Margem Equatorial. “É muito difícil imaginar que uma licença com esse tipo de aparato não vai sair numa região tão carente, precisando tanto de desenvolvimento. Não acredito que aquela região não possa ser contemplada com o potencial tão grande face a todas carências e necessidades que não podemos evitar de ver naquela região”, salientou.
O simulado realizado pela Petrobras na região do Oiapoque, na semana passada, contou com mais de 200 pessoas, incluindo técnicos de todas as áreas e uma série de equipamentos. “Simulamos todos os exercícios de resposta a emergência, resgate e tratamento de gauna. Todos os exercícios comprovaram que nosso planejamento está correto. Todos os tempos estão dentro dos robustos manuais do Ibama. Tudo isso demonstra a nossa prontidão, além da vistoria da base de fauna que temos demandado ao Ibama”, avaliou a diretora executiva de assuntos corporativos, Clarice Coppetti.
Clarice acrescentou que a Petrobras vem demandando junto ao Ibama uma data para a avaliação pré-operacional (ATO), considerado um exercício importante com a participação do órgão ambiental federal. A diretora frisou que a gestão do processo da Margem Equatorial ocorre em nível de diretoria, devido à importância que a nova fronteira exploratória tem. “Temos conversado semanalmente, mas também protocolado no Ibama todos os passos que a companhia vem dando. Fazemos gestão direta e acreditamos nos próximos dias ter a resposta do órgão ambiental”, espera.
Fonte: Revista Portos e Navios