A Ucrânia, que é o terceiro maior mercado comprador de proteínas do Brasil, anunciou ontem que também irá suspender as importações brasileiras, a exemplo da Rússia, o que deve afetar principalmente a suinocultura do País.
Especialistas acreditam que há um acordo entre Ucrânia e Rússia para pressionar o Brasil a apoiar o governo russo em sua entrada na Organização Mundial do Comércio (OMC). Para tentar reduzir os efeitos dos embargos o governo brasileiro irá à África do Sul no dia 24 deste mês para reabrir o mercado aos suínos brasileiros, suspenso desde 2005.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, afirmou ao DCI ter sido procurado por empresas que alertaram sobre a decisão da Ucrânia, mas não soube dar mais detalhes. Segundo uma fonte ligada ao setor, entre as empresas que receberam o comunicado estão a Brasil Foods e a Marfrig, que em nota disseram desconhecer o fato. O Mapa também informou não ter recebido nenhum comunicado oficial do governo ucraniano.
Já o governo brasileiro enviou somente ontem à Rússia o documento, traduzido, com as respostas sobre os frigoríficos embargados. A atitude, considerada muito tardia pelo setor, não trouxe alívio aos suinocultores.
As empresas receberam o comunicado da Ucrânia, diz Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína.