Certame garantiu investimentos para áreas em Maceió (AL), Santana (AP) e em Itaguaí (RJ) destinadas à movimentação de granéis sólidos minerais e vegetais

O último leilão de arrendamentos portuários de 2024 garantiu um total de R$ 3,6 bilhões em investimentos para áreas em Maceió (AL), Santana (AP) e em Itaguaí (RJ). O certame, realizado nesta quarta-feira (18), na B3, em São Paulo (SP), começou com o arrendamento do terminal MAC16, voltado para a movimentação de granel sólido vegetal, especialmente milho e soja, em Maceió (AL). Após uma intensa disputa em viva-voz, o consórcio Britto-Macelog venceu o certame com uma oferta de R$ 1,45 milhão. A área, que possui três silos com capacidade para 54 mil toneladas, será expandida com a construção de dois novos silos de 22,4 mil toneladas cada.

O terminal MCP03, no Porto de Santana, dedicado à armazenagem de granel sólido vegetal, foi arrematado pela Rocha Granéis Sólidos de Exportação, com uma proposta de R$ 58,06 milhões. O consórcio realizará melhorias como a ampliação do Píer 1 e a dragagem de aprofundamento. Já o terminal ITG02, no Porto de Itaguaí, destinado à movimentação de granel sólido mineral, foi leiloado por R$ 1 milhão à Cedro Participações S.A., que investirá R$ 3,58 bilhões na modernização e operação do terminal ao longo de 35 anos.

O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) destacou que o leilão, realizado em parceria com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), confirmou a retomada dos investimentos nos modais de transporte promovida pelo atual governo. Com um impacto direto na competitividade do comércio exterior brasileiro, os terminais leiloados prometem ampliar a capacidade de movimentação de cargas. O terminal ITG02, por exemplo, deverá movimentar 20 milhões de toneladas por ano, consolidando-se como o maior projeto de infraestrutura portuária recente.

O MPor destacou a realização de oito leilões que somam mais de R$ 3,74 bilhões em investimentos. O ministro Silvio Costa Filho ressaltou que o governo pretende realizar 55 leilões de áreas portuárias até 2026, totalizando mais de R$ 30 bilhões em novos investimentos. Segundo Costa Filho, o objetivo é descentralizar a agenda portuária, promover competitividade e expandir a participação privada no setor.

O secretário nacional de portos, Alex Ávila, acrescentou que, além dos resultados de 2024, a modelagem de ativos como o futuro terminal de contêineres de Santos (STS10) e a modelagem do canal do Porto de Santos já estão em andamento, sinalizando um robusto pipeline de concessões para os próximos anos. A carteira de concessões para 2025 e 2026 inclui 42 novos empreendimentos, com mais de R$ 14 bilhões em investimentos. Entre as áreas previstas, estão terminais estratégicos nos portos de Paranaguá (PR), Santos (SP) e Rio de Janeiro (RJ).

Fonte: Portos e Navios