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Clippings - 22/11/10

Vale ampliará fatia em mercado transoceânico

O Brasil irá provavelmente aumentar sua participação no mercado transoceânico de minério de ferro a partir de 2011, à medida que a gigante brasileira da mineração Vale expande sua frota de navios de transporte de minério de ferro de grande porte, disse o DVB Bank num relatório.

A Vale deve receber em meados de 2011 o primeiro de 19 novos graneleiros de grande porte que encomendou de estaleiros da China e da Coreia do Sul. Os navios têm capacidade para transportar até 400 mil toneladas de carga. Com as novas embarcações, a empresa poderá triplicar o potencial de transporte da sua frota para cerca de 10 milhões de toneladas até 2014, supondo-se que nenhum de seus navios existentes seja vendido.

Estima-se, de acordo com fontes do mercado, que a Vale esteja montando uma frota de 80 a 100 graneleiros de grande porte a fim de se aproximar dos mercados através da criação de um canal dedicado para o transporte do minério de ferro entre Brasil e China, disse o banco.

As exportações de minério de ferro do Brasil para a China deverão crescer 57% em 2014, para 220 milhões de toneladas, enquanto os embarques de minério da Austrália para a China deverão registrar expansão de 39%, para 389 milhões de toneladas, de acordo com o banco.

A nova frota ajudará a Vale a reduzir os custos do frete a fim de eliminar, tanto quanto for possível, a volatilidade e as vantagens competitivas do preço do minério de ferro australiano e do frete da China, destacou o DVB.

A maior parte do transporte de minério de ferro por via marítima é atualmente realizada em navios com capacidade para transportar entre 83 mil e 200 mil toneladas.

O mercado transoceânico de minério de ferro deverá totalizar mais de 900 milhões de toneladas em 2010, com mais de 600 milhões de toneladas sendo destinadas à China.

Segundo o DVB, o plano da Vale excluirá provavelmente os armadores independentes baseados no mercado à vista, uma vez que o objetivo da empresa é diminuir as taxas de frete.

O banco disse que o plano da Vale para melhorar sua posição competitiva em relação a fornecedores rivais encontrou um obstáculo com a rejeição da China a seu plano de construir um centro de armazenamento e de comercialização no porto chinês de Qingdao. Atualmente, a Vale está trabalhando num `plano B` alternativo, disse a instituição, destacando que a empresa está construindo centros de distribuição em Sohar, no Omí, e em Teluk Rubiah, na Malásia, para os mercados do Oriente Médio e asiáticos, respectivamente.

O banco ressaltou, contudo, que os portos chineses de Dongjiakou, Dalian e um outro, que não foi especificado, estarão prontos para receber os graneleiros de grande porte da Vale quando passarem a operar em 2011.