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Clippings - 22/11/12

Vale descarta desinvestimento em projetos de minério de ferro

Apesar de estar reavaliando alguns de seus projetos, a Vale afirma que vai manter inalterados os planos de aportes para suas operações de minério de ferro e não considera desinvestir nos projetos de níquel de Onça Puma (PA) e na operação no arquipélago de Nova Caledônia.

A companhia já havia afirmado que está fazendo ajustes em sua direção estratégica para se adaptar ao atual contexto de crise global –e de preços de minério de ferro mais baixos– podendo fazer desinvestimentos.

Uma das hipóteses levantadas por analistas era, justamente, a venda dos ativos de Onça Puma e Nova Caledônia.

Segundo Siani, a companhia primeiro quer produzir, antes de qualquer outra medida.

Para projetos que não estejam relacionados com o minério de ferro, mas sim com outras commodities, o objetivo da Vale é buscar parceiros estratégicos para seguir com as operações.

O projeto de Simandou, na Guiné, o Carajás da África, também será mantido, diz o executivo. Siani disse que a companhia está discutindo internamente com o governo do país como equacionar questões problemáticas, como a logística e os royalties.

A companhia apresentará detalhadamente seu novo plano estratégico, com os investimentos planejados para cada projeto, em 3 de dezembro, durante o Vale Day, em Nova York.

Em relação ao minério de ferro, principal produto da companhia, Siani disse que o preço não deve voltar aos picos atingidos em 2011, mas que a companhia acredita que os preços são atraentes no longo prazo.

O executivo aponta que houve um desequilíbrio entre oferta e demanda, o que levou a preços muito altos e o ajuste atual. Mas ele acredita que o aumento da produção de aço pela China, principal cliente da Vale, deve continuar mantendo uma demanda elevada e favorecendo os preços.

A Vale espera um aumento entre 3% e 4% ao ano na produção chinesa de aço nos próximos cinco a dez anos. Atualmente, os chineses produzem em torno de 720 milhões de toneladas ao ano, e os 3% a mais significam em torno de 30 milhões de toneladas.