A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), pertencente à mineradora Vale, adiou o início das operações de um segundo alto-forno, no Rio de Janeiro. A medida segue a uma recomendação do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que ainda não confirmou a segurança do empreendimento. Há a suspeita de que ele apresentará os mesmos problemas do primeiro forno, que contaminou o ar, no bairro de Santa Cruz, com partículas de óxido de ferro.
A CSA foi denunciada pelo Ministério Público Estadual por cometer crimes ambientais e provocar um volume de poluição intolerável para a saúde humana. O diretor de projetos e o gerente ambiental da siderúrgica responderão ao processo. Caso seja condenada, a CSA poderá ficar impedida de receber incentivos fiscais. Poderá até mesmo ter as atividades e licença de operação suspensas.

O novo forno da CSA tem capacidade de produzir mais de 2,5 milhões de toneladas de metais por ano. No estado do Espírito Santo, a Rede Alerta denunciou que a Companhia Siderúrgica do Ubu (CSU), que também pertence à Vale, despejará mais de 14 toneladas de poeira no ar todos os dias.