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Clippings - 16/07/09

Vale na briga pela americana Mosaic

Depois de gastar US$ 850 milhões este ano com a compra de ativos de potássio – matéria-prima para a fabricação de fertilizantes – na Argentina e Canadá, a Vale continua mirando o setor. Segundo fontes de mercado, a mineradora brasileira estuda entrar na briga pela Mosaic, empresa controlada pela Cargill Fertilizantes e a IMC Global, duas líderes no segmento de agronegócio.

O negócio é avaliado em cerca de US$ 25 bilhões, cifra que embute um prêmio de controle sobre o atual valor de mercado da companhia, de quase US$ 20 bilhões, pelas ações listadas na Bolsa de Valores de Nova York. Também estaria no páreo a principal concorrente da Vale, a mineradora anglo-australiana BHP Billiton, a primeira no ranking mundial.

Segundo uma fonte, a Cargill vem sendo assessorada na venda do ativo pelo Banco Credit Suisse. Já a Vale estaria trabalhando com o banco Morgan Stanley no desenvolvimento de uma proposta a ser levada aos controladores da Mosaic.

Com sede em Minnesota, nos Estados Unidos, a Mosaic é a maior produtora de fosfato e uma das maiores produtoras mundiais de potássio. Empresa de capital aberto, a Mosaic surgiu da união entre a Cargill Fertilizantes e a IMC Global, empresas líderes no agronegócio. A empresa tem unidades de produção na Flórida, Lousiana, Michigan e Novo México, além de quatro minas de potássio no Canadá.

minas no brasil e na china. Em 2008, o grupo de fertilizantes – que atua em mais de 40 países – contabilizou uma receita líquida superior a US$ 9,8 bilhões, com US$ 11,8 bilhões em ativos investidos. A companhia detém ainda importantes participações acionárias em fabricantes de fosfato no Brasil e na China.

Desde o ano passado, a Vale vem sinalizando o interesse de entrar mais pesado no segmento de produção de fertilizantes e chegou a analisar a compra da Cibrafértil, uma das quatro divisões do grupo Paranapanema.

O presidente da mineradora, Roger Agnelli, já destacou que o foco no setor tem como pano de fundo o crescimento da demanda mundial por alimentos, que vai exigir uma produção maior de minerais usados na indústria de fertilizantes, como potássio e fosfato.

A Mosaic, para a qual a mineradora volta agora suas baterias, possui no Brasil 62% do controle da Fospar, produtora de fertilizantes e operações portuárias, com terminal portuário em Paranaguá (PR); 45% da Indústria de Fertilizantes de Cubatão (IFC), que opera serviços de mistura e distribuição de fertilizantes, e 19,92% de participação direta e indireta na Fosfértil, maior produtora nacional de matérias-primas fosfatadas e nitrogenadas.

No Brasil, a Vale explora potássio na mina de Taquari-Vassouras, em Sergipe. No exterior, a companhia desenvolve um projeto de produção de fosfato em Bayóvar, no norte do Peru. A mina peruana, cuja concessão foi adquirida pela mineradora brasileira em leilão em 2005, vai produzir 3,9 milhões de toneladas anuais de fosfato, e tem previsão de entrar em operação no primeiro semestre de 2010. Os investimentos são estimados em US$ 479 milhões.

Procurada pela reportagem, a Vale não se pronunciou sobre o assunto. Já a Cargill do Brasil informou que essa questão seria de responsabilidade da matriz nos Estados Unidos.(Fonte: Jornal do Commercio/RJ)