São PAULO – O preço do minério deve ficar estável até o final do ano, prevê a Vale, maior mineradora do mundo. Passada a fase de disparada dos preços do minério, a empresa acredita em estabilidade até o fim do ano, com cotações em torno de US$ 100 a tonelada.
No segundo trimestre, os preços chegaram em US$ 160, reflexo da forte demanda do mercado. Pelo novo modelo, válido a partir deste ano, os preços da Vale são corrigidos trimestralmente com base nos índices do mercado spot do trimestre anterior. Para analistas do setor, há, porém, a expectativa de redução dos preços para cerca de US$ 140 neste trimestre.
Um dia após ter feito uma oferta pública para a compra da produtora de cobre Paranapanema, a Vale afirmou que manterá o foco no crescimento orgânico. O presidente da mineradora, Roger Agnelli, disse que a empresa só fará aquisições se surgirem oportunidades muito vantajosas no mercado. Podemos aproveitar oportunidade se surgir um ativo de alta qualidade que gere sinergias.
Ranking
A Vale se mantém na liderança da produção mundial de minério de ferro, mas sua participação no mercado global, que era de 17,3% em 2008, caiu para 16% em 2009, segundo um relatório da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e o Desenvolvimento), divulgado na última sexta-feira em Genebra.
As empresas australianas conquistaram a fatia de mercado perdida pela Vale em
2009, afirma a Unctad.
A maior rival da Vale é a australiana Rio Tinto. Mas a liderança de mercado da Vale também tem sido desafiada principalmente pela número três mundial, a australiana BHP Billiton, disse à agências internacionais, Alexei Mojarov, diretor do fundo da Unctad, responsável pela divulgação de informações sobre o minério de ferro.
Os volumes produzidos pela mineradora brasileira diminuíram do pico de 308 milhões de toneladas em 2007 para 205 milhões de toneladas em 2009.