Terminal no Porto do Açu se consolida como o maior exportador privado de petróleo do Brasil, com investimentos de US$ 500 milhões e planos de expansão para acompanhar crescimento da demanda
A Vast Infraestrutura concluiu, no último sábado (3), sua milésima operação de transbordo de petróleo no terminal T-Oil, localizado no Porto do Açu, no norte fluminense. Desde o início das operações, em 2016, a empresa movimentou um total de 1 bilhão de barris de petróleo, consolidando com aproximadamente 40% de todo o óleo cru exportado pelo Brasil em 2024. O marco ocorreu em um momento de expansão da produção nacional, com o país exportando cerca de 1,7 milhão de barris por dia e perspectivas de dobrar esse volume até o início da próxima década.
A empresa destacou que o T-Oil é o único terminal privado do Brasil com capacidade para operar navios da classe VLCC (Very Large Crude Carrier), além de já ter recebido investimentos da ordem de US$ 500 milhões em infraestrutura. Com licença para movimentar até 1,2 milhão de barris por dia, o terminal dispõe de três berços de atracação, sendo dois compatíveis com navios VLCC e um com embarcações do tipo Suezmax.
De acordo com Victor Snabaitis Bomfim, CEO da Vast, o crescimento da produção brasileira e as novas campanhas exploratórias exigem uma infraestrutura compatível com a curva ascendente das exportações. “O terminal da Vast é o líder no país na exportação de petróleo, o principal produto da balança comercial brasileira. Isso demonstra a importância estratégica do T-Oil e do Porto do Açu para a economia nacional”, ressaltou Bomfim.
A empresa atende hoje 11 operadoras de óleo e gás que atuam no país, entre elas Petrobras, Shell, TotalEnergies, Equinor e Prio. A localização estratégica do terminal — próximo às bacias de Campos e Santos — é apontada como uma vantagem operacional importante para o setor, informou a Vast à Portos e Navios.
A companhia afirmou à reportagem que realiza de forma segura, limpa, eficiente e sustentável o transbordo de petróleo entre navios. O T-Oil conta com uma estrutura com três berços de última geração: dois aptos para navios VLCC, com capacidade para 2 milhões de barris, e um para navios do tipo Suezmax, com capacidade para 1 milhão.
As operações de transbordo são feitas em área abrigada, protegida por quebra-mar, com barreiras de contenção preventivas, embarcações de apoio dedicadas, suporte da infraestrutura portuária e apoio da praticagem, informou a empresa. Desde o início das atividades, a Vast também adota o balanço de vapores — uma medida de controle presente em 100% das operações — o que evita que cerca de 90% das emissões de Compostos Orgânicos Voláteis (COV) sejam liberadas na atmosfera.
Ainda segundo a Vast, a partir de 2020 foi iniciado o monitoramento do tempo de abertura do mast riser e, em 2021, a quantificação das emissões de COV. A empresa reforçou que as operações atracadas exigem licenciamento ambiental (EIA/Rima) e estão sujeitas a fiscalização constante de órgãos ambientais, o que garante o baixo risco ambiental das atividades. Para acompanhar o aumento da demanda por exportações, a companhia informou ainda que estuda expandir a capacidade do T-Oil. Entre as iniciativas em análise, estão a construção de um novo berço operacional e a possibilidade de oferecer tancagem flutuante.
Fonte: Revista Portos e Navios