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Clippings - 22/07/10

Vazamento na China avança mar adentro

A China tentava anteontem impedir que o vazamento de óleo no Mar Amarelo atingisse águas internacionais. O acidente ocorreu num duto de uma refinaria quando era abastecido um navio-tanque, no fim de semana. O porto de Dalian foi fechado. O Greenpeace alertou que o desastre é maior do que admitem as autoridades no país.

A China tentava anteontem impedir que o vazamento de óleo atingisse águas internacionais, ao mesmo tempo em que o Greenpeace alertou que o desastre no porto de Dalian, um dos maiores do país, teve conseqüências maiores do foi revelado pelo governo de Pequim. O óleo começou a vazar no Mar Amarelo depois que um duto explodiu na semana passada, provocando um incêndio que levou 15 horas para ser controlado. Segundo o governo, a maré negra se espalhou por cerca de 180 quilômetros quadrados no oceano.

As imagens impressionantes do incêndio, com labaredas de mais de 30 metros de altura, chamaram a atenção do presidente chinês, Hu Jintao, e outros líderes. O desafio agora é limpar a costa de Dalian, que já foi considerada a cidade chinesa com melhor condição de vida.

O grupo ambientalista Greenpeace China tirou ontem uma série de fotografias do local, antes que seus ativistas fossem expulsos. Elas mostram praias rochosas afetadas pela maré negra, um homem coberto de óleo, e bombeiros resgatando um colega que caíra no mar. As condições de saúde dessas pessoas não foram reveladas.

Cidade é sede de festival turístico
Segundo ativistas, ainda é muito cedo para se saber o impacto da poluição na vida marinha. Num golpe de timing infeliz, o Festival Internacional de Cultura de Praia de Dalian, que costuma atrair milhares de turistas anualmente, começou no último fim de semana. Mas a agência de notícias estatal Xinhua disse que a praia onde o evento é realizado não havia sido atingida pela maré negra.

Autoridades disseram à Xinhua não saber o quanto de óleo teria vazado, mas a TV China Central anunciou que não há mais óleo sendo lançado ao mar. Não se sabia a que distância a mancha de óleo teria chegado da vizinha Coréia do Norte.

O vice-prefeito de Dalian, Dul Yulin, disse à agência Xinhua que 40 navios especializados em controle de derramamento de óleo estavam no local ontem, além de centenas de navios pesqueiros. Nos esforços para impedir que o óleo alcance águas internacionais, o governo chinês também está usando bactérias que devoram os resíduos de óleo.

— Nossa prioridade é coletar o óleo que se espalhou dentro de cinco dias — disse ele;
Um especialista da Administração Oceânica do Estado, no entanto, acredita que será necessário pelo menos o dobro do tempo.

O porto de Dalian é o segundo maior da China para o setor de commodities, como petróleo e minérios. E, segundo o Greenpeace, o derramamento da semana passada é o maior já ocorrido no país.

Empregado da BP registrou problema
Supervisor foi informado sobre vazamento em equipamento
Um empregado da BP que trabalha no poço acidentado no Golfo do México disse a investigadores do governo americano que registrou um alerta de vazamento de fluido hidráulico de um aparelho crucial de segurança, mas não sabe se as autoridades federais foram notificadas.

Investigadores do governo estão tentando determinar se a BP não detectou o vazamento no blowout preventer (BOP, equipamento de segurança que veda o poço em caso de algum vazamento), o que poderia ter evitado a explosão que matou 11 pessoas e causou o maior desastre ambiental da história dos EUA

0 funcionário da BP Ronald Sepulvado disse a um painel do governo americano em Nova Orleans que seu supervisor foi informado do vazamento antes da explosão. Ele não soube dizer, no entanto, se seu supervisor informou aos órgãos reguladores federais a respeito do problema, como deveria.

Em visita oficial aos EUA o primeiro ministro britânico, David Cameron, disse que entende a ira americana em relação ao vazamento do poço da BP e que a empresa deve ser responsabilizada pelo desastre. O premier também destacou a importância da gigante petrolífera para as economias britânica e americana.