O governo venezuelano deu mais um passo para a centralização da infraestrutura portuária do país ao assinar um decreto que encerra as concessões de todos os terminais privados nos portos domésticos.
Toda movimentação portuária e as instalações de armazenagem foram assumidas pelas estatais Bolipuertos e Puertos del Litoral Central.
Os operadores privados e os armadores estrangeiros começaram a perceber no dia 4 as implicações do decreto, publicado no último dia 30 de julho.
A situação está bastante caótica, continuaremos por pouco tempo no comando da operação, disse um executivo de uma das maiores empresas de Puerto Cabello. Os equipamentos, as cargas, os veículos e todos os outros ativos foram tomados pela Bolipuertos sem, até agora, nenhuma compensação, disse o executivo, que recusou a se identificar devido às discussões com o governo para garantir a compensação dos ativos penhorados.
Os operadores privados em Puerto Cabello, o maior porto do país, movimentaram no ano passado 811 mil Teus (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) com 10 MHCs, cinco RTGs e 85 tratores portuários.