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Clippings - 26/05/11

Vice da DHL sugere transporte colaborativo às companhias

Para o vice-presidente da DHL, Douglas Tacla, falar que a falta de aeroportos e portos é o maior gargalo da logística no Brasil seria senso comum. Questionado sobre como avalia as dificuldades do país no segmento, ele foi enfático: As empresas não colaboram entre si. O que falta aqui é o transporte colaborativo, disse.

De acordo com o executivo, existe um receio das empresas brasileiras em combinarem seus planejamentos logísticos umas com as outras, como se isso fosse algum tipo de dado confidencial: Falta inteligência sistêmica, maior tecnologia e cooperação entre as empresas de transporte. Quando há colaboração, se consegue fazer um contrato melhor e, reduzindo os custos, a competitividade do produto aumenta, enfatiza.

Tacla explica que se as empresas não trabalharem mais conjuntamente, haverá conseqüências complicadas para o mercado: Chegamos a um limite. Eu costumava dizer que as empresas de transporte não quebravam, elas esticavam. Mas nos últimos três anos, empresas novas e antigas, pequenas e grandes, quebraram, e quebraram de vez. Para os estrangeiros, a logística no Brasil é muito cara. A questão não é o fato de o país ser continental, mas, sim, que a nossa logística é ineficiente. Nosso conceito logístico está errado, atenta.

A qualidade e a confiabilidade dos consumidores já estão caindo e esses fatores são apontados por Tacla como conseqüência dessa ineficiência logística do Brasil. Ele acredita que, quando o segmento estiver equilibrado, os preços vão subir ainda mais: Hoje eles se mantém porque tem muita empresa indo mal das pernas e, por isso, elas não aumentam os preços, para continuarem captando clientes. Mas quando elas conseguirem isso, elas vão querer que os clientes corram atrás delas, e aí o preço vai subir. Esse é o equilíbrio natural do negócio.

O executivo afirma ainda que, embora os Estados Unidos tenham elaborado o conceito do transporte colaborativo e embora o país se destaque nisso, mesmo eles não conseguem fazê-lo com perfeição: É um conceito que não se implementa por decreto, é algo que a empresa faz por si só. Lá eles se preocupam mais com custo, por isso eles praticam isso. Mas é viável a um país conseguir chegar a esse ponto, disse.