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Clippings - 22/08/24

Wood Mackenzie estima crescimento nas vendas de combustíveis marítimos até 2030

No entanto, esse acréscimo nas vendas (2%) são menores do que a previsão de aumento do comércio marítimo global (13%), devido aos ganhos de eficiência dos combustíveis

A Wood Mackenzie estima que haverá um aumento de 2% nas vendas globais totais de combustíveis marítimos até 2030, segundo análise divulgada na terça-feira (20). No entanto, tais vendas são menores do que a previsão de aumento do comércio marítimo global para o mesmo período (13%), devido aos ganhos de eficiência.

Após 2030, a expectativa é de um declínio no mercado global de combustíveis marítimos, à medida em que a melhoria da eficiência do combustível continua a desgastar a demanda. Além disso, a previsão é que os bunkers marítimos de óleo globais atinjam o pico em meados da década de 2020, com cerca de 5,3 milhões de bpd.

O GNL será a principal fonte de crescimento nos próximos anos, substituindo cerca de 0,6 milhão de bpd de petróleo até 2030. Esse crescimento diminuirá após 2040, à medida em que os combustíveis sintéticos (ou os e-combustíveis) se tornarem mais difundidos, substituindo quase 1 milhão de bpd até 2050, sendo apoiados pela crescente disponibilidade e menor custo do hidrogênio verde.

A Wood Mackenzie aponta que a Europa será o principal continente onde haverá um aumento dos combustíveis renováveis de origem não biológica (RFNBOs, em inglês), uma vez que a inclusão do transporte marítimo no Esquema de Comércio de Emissões (ETS) da União Europeia (UE) e a introdução do regulamento Fuel EU Maritime (FEUM) aumentarão substancialmente o custo dos combustíveis marítimos fósseis.

Em relação aos combustíveis marítimos de baixo e zero carbono, o metanol verde é o mais avançado comercialmente em termos de disponibilidade de fornecimento, manuseio e tecnologia de motor para aplicações marítimas, segundo a consultoria. Já o e-diesel é atraente como combustível drop-in, mas altos custos e investimentos limitados provavelmente restringirão sua disponibilidade até o final da década de 2040.

Até 2050, o preço da amônia verde poderá substituir o óleo combustível com muito baixo teor de enxofre (VLSFO, na sigla em inglês) para todas as viagens com início ou saída de um porto no Espaço Econômico Europeu (EEA).

“Em nossa previsão, preferimos o e-metanol à e-amônia devido ao seu manuseio mais fácil e menos dispendioso e ao melhor alinhamento com a infraestrutura global de bunkers marítimos existente. A pesquisa e o desenvolvimento de motores movidos a amônia estão em andamento, mas a adoção global deve ser mais lenta, pois também é necessário investir em novas infraestruturas de manuseio”, finaliza a Wood Mackenzie.

Fonte: Brasil Energia