O conselho diretor da Xstrata recomendou nesta segunda-feira aos acionistas que votem pela aprovação da proposta revisada de fusão com a Glencore, após uma série de ajustes feitos para que fossem superados os impasses que ameçavam inviabilizar a histórica associação, relacionados à remuneração de executivos.
A recomendação inclui uma nova estrutura de votação que foi esboçada após três semanas de consultas com os acionistas. As companhias foram obrigadas a redefinir os termos do acordo depois de os acionistas da Xstrata terem ameaçado votar contra a proposta em suas linhas originais.
A recomendação pavimenta o caminho para que a Glencore e a Xstrata concretizem a proposta de fusão, anunciada inicialmente em fevereiro, que deve resultar em um gigante do setor de mineração com valor de mercado de quase US$ 70 bilhões, conforme os preços correntes.
A mudança-chave na mais recente recomendação envolve a separação do voto nos pacotes de retenção do voto sobre o acordo, de forma que a aprovação do acordo não dependerá mais da aprovação dos pacotes de retenção. De acordo com a proposta original, tanto os pacotes de retenção como o acordo em si precisavam ser aprovados para que o entendimento seguisse em frente. Com um número substancial de acionistas da Xstrata em oposição veemente aos arranjos, o conselho diretor se encontrou na situação de ver um acordo multibilionário afundar por causa de um detalhe relativamente insignificante.
A Glencore ofereceu 3,05 de suas ações por cada ação da Xstrata – elevando-a em relação à proposta de 2,8 por ação – e deseja que o seu executivo-chefe, Ivan Glasenberg, lidere a nova companhia. O executivo-chefe da Xstrata, Mick Davis, assumirá a posição de CEO durante o perãodo de transição, mas deixará a empresa após um perãodo de seis meses com um pacote de 9,6 milhões de libras (US$ 15,6 milhões).