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Na Mídia - 10/06/21

Latam pede mais tempo para fazer proposta a credores


O chileno Latam Group, que controla a companhia aérea Latam Brasil, pediu à corte de falências de Nova York, pela segunda vez, mais tempo para apresentar o seu plano de recuperação aos credores. O pedido é que a apresentação possa acontecer até o dia 15 de setembro, e o veredicto por parte dos credores seria até o dia 8 de novembro. Antes, o prazo era 30 de junho e 23 de agosto, respectivamente.

Em maio do ano passado, quando a companhia protocolou o pedido de recuperação judicial
em Nova York, a dívida era de quase US$ 18 bilhões.

Nos bastidores, a Azul tem aguardado a apresentação do plano do Latam Group para fazer uma proposta aos credores do grupo chileno e tentar comprar a operação da Latam no Brasil. A solitação de adiamento foi protocolado pelo Latam Group na corte de falência de Nova York, onde corre o processo da empresa. Nele, a aérea argumenta o elevado nível de complexidade do seu processo de recuperação judicial.

O grupo argumentou ser a maior empresa aérea da América Latina e que continua a manter uma extensa rede global de voos, apesar do impacto contínuo da pandemia na indústria aérea.

Procurada, a Latam confirmou a solicitação. “Conforme informado anteriormente, o pedido de extensão é uma alternativa comum contemplada no processo e não altera a intenção do grupo Latam de sair do Capítulo 11 (lei de recuperação judicial dos Estados Unidos) até o final deste ano”, acrescentou a empresa, em nota.

A Latam destacou que suas afiliadas no Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Peru e Brasil recorreram ao processo após os efeitos da pandemia. “Por meio do Capítulo 11, as afiliadas são capazes de redimensionar as suas operações e adaptá-las ao novo ambiente de demanda e reorganizar os seus balanços financeiros, podendo ressurgir como empresas mais ágeis, eficientes e sustentáveis para um novo momento no pós-pandemia”, disse a empresa.

A advogada Ana Carolina Monteiro, do Kincaid Mendes Vianna Advogados, disse que pedidos de postergação são comuns, mas observou que esta é a segunda solicitação feito pela aérea. A data inicial para apresentar o plano aos credores era 29 de janeiro, e o prazo foi ampliado. “A lei dá até 180 dias para a apresentação (do plano)”, disse. A Latam depende agora de um sinal verde do juiz da corte de Nova York.

A Azul, que contratou consultorias especializadas em aviação no primeiro trimestre deste ano para ajudá-la a desenhar seu plano de comprar a Latam Brasil, está conversando não apenas com empresas de leasing de avião, mas também com outros credores do Latam Group, segundo fontes.

O tema sobre consolidação no mercado brasileiro ganhou espaço após a Latam Brasil anunciar, em maio deste ano, o fim do programa de compartilhamento de voos firmado com a Azul em agosto de 2020. A Azul, quase imediatamente, publicou uma nota dura, dizendo que tinha forte apetite por consolidação e que a saída da Latam seria “uma reação a esse processo”.

O CEO da Latam Group, Roberto Alvo, disse há cerca de dez dias, em entrevista à agência “EFE”, que nenhum ativo do grupo está à venda e que o plano de recuperação judicial estava quase pronto.

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Fonte: Jornal Valor Econômico

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